PONTEDERIACEAE

Heteranthera zosterifolia Mart.

Como citar:

Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho; Tainan Messina. 2012. Heteranthera zosterifolia (PONTEDERIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

2.185.681,838 Km2

AOO:

112,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre nos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina (Amaral, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

?<i>Heterantherazosterifolia</i> caracteriza-se por ervas aquáticas e/ou terrícolas, submersas-fixas ouflutuantes, Ocorre nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, em formaçõesaquáticas. Apresenta EOO de 1.868.539,095km². Amplamente distribuída. Protegidapelo Parque Nacional do Iguaçú. Não há ameaça direta que a coloque em algumacategoria de ameaça. Segundo Bove, C.P. (<i>com. pessoal</i>), não estáameaçada no âmbito nacional.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

​Descrita em Nov. Gen. Sp. Pl. (Martius) i. 7. t. 3.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim

Ecologia:

Biomas: Cerrado, Mata Atlântica, Caatinga
Fitofisionomia: Ocorre em formações aquáticas (Pivari, 2009); em lagos, lagoas e riachos (Faria; Amaral, 2005)
Habitats: 5.2 Seasonal/Intermittent/Irregular Rivers/Streams/Creeks, 5.5 Permanent Freshwater Lakes [over 8 ha], 5.6 Seasonal/Intermittent Freshwater Lakes [over 8 ha], 5.7 Permanent Freshwater Marshes/Pools [under 8 ha], 5.8 Seasonal/Intermittent Freshwater Marshes/Pools [under 8 ha]
Detalhes: Caracteriza-se por ervas submersas-fixas e submersas-flutuantes, perenes; coletada com flores e frutos entre Julho e Março (Faria; Amaral, 2005).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
A Mata Atlântica já perdeu mais de 93% de sua área e menos de 100.000 km² de vegetação remanesce. Algumas áreas de endemismo, como Pernambuco, agora possuem menos de 5% de sua floresta original. Dez porcento da cobertura florestal remanescente foi perdida entre 1989 e 2000 apenas, apesar de investimentos consideráveis em vigilância e proteção. Antes cobrindo áreas enormes, as florestas remanescentes foram reduzidas a vários arquipélagos de fragmentos florestais muito pequenos, bastante separados entre si. As matas do nordeste já estavam em grande parte devastadas (criação de gado e exploração de madeira mandada para a Europa) no século XVI. As causas imediatas da perda de habitat: a sobrexplotação dos recursos florestais por populações humanas (madeira, frutos, lenha, caça) e a exploração da terra para uso humano (pastos, agricultura e silvicultura). Subsídios do governo brasileiro aceleraram a expansão da agricultura e estimularam a superprodução agrícola (açúcar, café e soja). A derrubada de florestas foi especialmente severa nas últimas três décadas; 11.650km2 de florestas foram perdidos nos últimos 15 anos (284 km² por dia). Em adição à incessante perda de hábitat, as matas remanescentes continuam a ser degradadas pela extração de lenha, exploração madeireira ilegal, coleta de plantas e produtos vegetais e invasão por espécies exóticas (Tabarelli et al., 2005).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Agriculture
A degradação do solo e dos ecossistemas nativos e a dispersão de espécies exóticas são as maiores e mais amplas ameaças à biodiversidade. A partir de um manejo deficiente do solo, a erosão pode ser alta: em plantios convencionais de soja, a perda da camada superficial do solo é, em média, de 25ton/ha/ano. Aproximadamente 45.000km2 do Cerrado correspondem a áreas abandonadas, onde a erosão pode ser tão elevada quanto a perda de 130ton/ha/ano. O amplo uso de gramíneas africanas para a formação de pastagens é prejudicial à biodiversidade, aos ciclos de queimadas e à capacidade produtiva dos ecossistemas. Para a formação das pastagens, os cerrados são inicialmente limpos e queimados e, então, semeados com gramíneas africanas, como Andropogon gayanusKunth., Brachiaria brizantha (Hochst. ex. A. Rich) Stapf, B. decumbens Stapf,Hyparrhenia rufa (Nees) Stapf e Melinis minutiflora Beauv. (molassa ou capim-gordura). Metade das pastagens plantadas (cerca de 250.000km2 - uma área equivalente ao estado de São Paulo) está degradada e sustenta poucas cabeças de gado em virtude da reduzida cobertura de plantas, invasão de espécies não palatáveis e cupinzeiros (Klink; Machado, 2005).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.2.3 Sub-national level
Espécie considerada Vulnerável (VU) pela Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).
Ação Situação
4.4.3 Management
Ocorre em Unidade de Conservação: Parque Nacional do Iguaçú, no estado do Paraná (CNCFlora, 2012).